Hoje nosso curso chegou ao fim. E pela manhã a palestra girou em torno do enceramento da exposição. Tivemos uma palestra  com Mark Pomery, que é o arquivista chefe da Royal Academy of Art.Assim, ficamos conhecendo os padrões adotados pelos museus ingleses no que se refere ao trabalho de arquivos relacionados a exposição. O que devemos arquivar e por quanto tempo devemos arquivar, esse foi o tema central.

Pela tarde organizamos a nossa exposição de arte contemporânea no prědio do British Council. Foi muito interessante fazer a curadoria e a montagem dessa exposição, as idéias foram compartilhadas e o resultado foi excelente. Selecionamos obras de Wolfgang Tillmans, Perry Ogden e Damien Hirrst.

London Calling foi o título, e o conceito central era utilizar obras que fizessem refêrencias iconogrāficas da cidade de Londres. 

No final tivemos uma confraternização com as duas equipes e todo o time da UCL e British Council regada a chá e biscoitos!

Essa  semana de curso foi uma experiência incrível, daquelas que levamos por toda a vida. Trocamos nossos conhecimentos e spreendemos mais um tanto. A experiência também nos fez acreditar que é possível usar os museus como instrumentos de cidadania e empoderamento!

Ainda tenho alguns dias por aqui onde farei algumas pesquisas nos acervos africanos.

Espero que tenham gostado...

Hoje foi o nosso quarto dia dd curso e a temática principal foi exposições intinerantes. Dentre os palestrantes estavam Alice Lobb e Dana Andrew, ambas do V&A Museum e responsáveis na programação de exposições que correm o mundo.Muito interessante conhecer como funciona essa engrenagem.

Porém, a sessão mais inspiradora foi sem dúvida a de  Tony Trehy, do Bury Museum. Ele nos ensinou como um pequeno museu trabalha para atrair grandes exposições intinerantes. Segundo ele, o segredo é a relação que o museu pode estabelecer com parceiros.

Pela tarde fomos conhecer a Dulwich Picture Gallery  que é a mais antiga galeria de arte construída com este propósito. Fomos recebidos pelo diretor Ian Dejardin e a responsável de exposições Rebecca England. Eles nos explicaram o sucesso da galeria em receber exposições intinerantes.

Foi um dia de muito aprendizado...

Hoje Londres amanheceu ensolarada! Céu azul, azul e aquele friozinho (do verão inglês!) no rosto...

As sessões da manhã aconteceram no Pitrie Museum. Este museu  tem uma das maiores coleções de artefatos egípcios do mundo. Fica dentro do campus principal da UCL. É  um museu universitário essencialmente voltado para a pesquisa.

As duas primeiras sessões foram relacionadas a embalagem de obras para serem transportadas. Tivemos um workshop com diversos tipos de embalagens para diversos tipos de transporte. 

Depois tivemos um aula prática manuseando os valiosíssimos artefatos egípcios em embalagens para serem emprestados para exposições. Pia  Edqvist é a curadora que nos explicou todos os processos que as peças passam aos serem emprestadas, desde os registros documentais até a embalagem.

Fiquei fascinado pelo museu. É um museu à moda antiga, com aquelas infinitas prateleiras victorianas cheias de peças, não muito prático para os dias de hoje, mas cheio de charme!

Pela tarde fomos fazer uma avaliação expográfica in loco. Dessa vez fomos a Tate Modern. Uma das galerias mais fantásticas aqui em Londres. O prédio era uma antiga estação de energia desativada. E a criação da galeria proporcionou uma revitalização para toda a área.

Hoje é um dos locais mais visitados de Londres. Isso que é visão administrativa. Cultura é de fato um ótimo negócio. O sucesso foi tanto que já começaram sua ampliação. Um modernoso prédio será anexado ao já existente. A estrutura já está pronta, creio que não deva demorar  muito para a inauguração.

Na sua coleção todos os grandes mestres do século XX e XXI nas galerias de longa duração. E duas duas grandes exposições temporárias no momento: Matisse e Malevich.

E assim, a cidade se renova...e se mantêm como importante centro de artes, turismo e business...

Amanhã tem mais!

Nosso segundo dia de curso começou com uma excelente palestra ministrada por Dinah Casson que é direitora criativa de uma empresa de design expográfico. Ela já trabalhou com todos os grandes museus do Reino Unido, como o Victoria & Albert, Science Museum, Natural History e Imperial war. Foi uma palestra fascinante, ele nos mostrou como as novas tecnologias tem contribuido na museografia. Também mostrou exemplos impressionantes de criatividade,  mesmo quando o orçamento é pequeno. Ela é apaixonada pelo que faz  e nos mostrou como os objetos podem contar histórias incrivéis. Só depende do nosso empenho.

David Gosling é o engenheiro responsável pela Crown Fine Art, uma grande empresa especializada em transporte de peças de arte. Na sua palestra ficamos conhecendo todos os processos legais e logísticos de grandes operações. Eles já transportaram esculturas contemporâneas de 3 toneladas!

Jen Kaines (Leeds Museus & Galleries) e Yvonne Hodgson (National Museum Scotland) nos contaram um pouco de suas experiências com empréstimos de peças para grandes exposições. É impressionante conhecer as cifras desse mercado de exposições temporárias que atraem milhões de visitantes e aumenta a competitividade entre os grandes museus de produzirem algo cada vez melhor.

Pela tarde fomos conhecer a coleção de arte do British Council, na sua reserva técnica. O  British Council existe a 75 anos e esta presente em 110 países e se propoē a divulgar a arte moderna e contemporânea britânica no mundo. Também desenvolve uma série de programas em parceria com outros países.

Nossa tarefa no final do curso será organizar uma mini exposição de 20 obras selecionadas desse enorme acervo, dentre elas obras de Ben Nilcholson, Patrick Caulfield, Bridget Riley, Henry Moore e de Damien Hirst- o mais celebrado artista da atualidade no Reino Unido.

Como se não bastasse, ainda tivemos nessa noite uma recepção especialmente preparada para nos pela equipe de arqueologia da universidade. Arqueologista que estão defendendo o mestrado organizaram uma pequena exposição do acervo de objetos  gregos  e cipriotas da sua coleção.

Foi um dia muito proveitoso e com muita troca de conhecimentos e experiências.

Esse é o título do módulo que estou participando. A apresentação começou com toda a equipe da Museum  Training School/British Council: Jane Weeks, Tonya Nelson, Edmund Connolly e Nathan Tregarvan. 

O curso é ministrado por Freda Matassa que tem muitos anos de experiência na área de curadoria e já trabalhou na Royal Academy of Arts e na Tate.

Somos só oito participantes: eu representando o MAFFO/Brazil, Maryam Fardan do National Museum/Barain, Wenjun Yu do Museu Qian Xuesen/China, Andrea Camacho Museu Palacio de Bellas Artes/México, Ronke Akinnyele do Terra Kulture/Lagos-Nigéria e Farrah Asqul e Fahad Al Hansi ambos do Bait Al Zubair Museum em Omã, além de Yuliya Glazyrina do Perm Museum/Rússia.

Como se vê, uma verdadeira torre de babel, mas todos com algum em comum: o engajamento com o museus.

Pela manhã tivemos uma série de palestras com profissionais de diferentes museus que abordaram tópicos importantes quando pensamos em exposição museológica: etiquetas, publicidade, público, políticas de empréstimo e parcerias internacionais. Os debates também foram muito interessantes, e os problemas e perspectivas foram compartilhados por todos.

No fim da tarde fomos fazer uma avaliação expográfica in loco. Visitamos a Hayward Gallery. Esta é uma das mais renomadas galerias públicas do Reino Unido e esta localizada no South Bank Center - que é um complexo cultural com teatros, cinemas e galerias. A Hayward só organiza exposições temporárias de arte contemporânea, no momento a exposições chama-se The Human Factor e mostra como o corpo humano tem sido retratado no atualidade. A curadoria foi muito bem trabalhada e discutimos aspectos técnicos da exposição.

Ainda preciso processar todas as informações desse primeiro dia...amanhã tem mais.

Sorry, mas não consegui carregar fotos aqui no blog, não descubro se o problema é na conexão wi-fi ou no meu tablet. Tentarei carregar em um computador da universidade...o problema é conseguir um tempo...

Aqui estou eu em Londres. É sempre um prazer visitar esta cidade, seja pelas suas atrações culturais ou gastronômicas, mas sobretudo pela grande diversidade de povos que nela habitam. Acredito que esse ingrediente é que faz Londres ser tão vibrante!

Como já cheguei de tarde não consegui ver muita coisa, só lo Victoria & Albert Museum que fica ao lando de onde estou. Este é um dos maiores museus do mundo de arte decorativa. Tem um pouco de todo, mas eu particularmente gosto muito das galerias da Ásia e Oriente Médio.

Antes de chegar aqui passei por Lisboa e fica ai algumas dicas:

* Museu da Moda e do Design. É o mais novo museu da cidade, com uma fachada prá lá de moderna. No momemmto a exposição de longa duração é sobre os anos 80, passando por Lacroix, Gaultier e grupo Domus.

* Centro Cultural de Belém. Rica coleção de arte moderna e contemporânea de tradicional família portuguesa. O prédio também é imponente. Não perca a 'Judy Garland' de Andy Wahrol que se tornou uma espécie de 'Mona Lisa' do espaço. A coleção de fotografia contemporânea impressiona: Jeff Wall, Andreas Gursky, Nan Goldin, dentre outros.

* Museu Nacional de Etnologia. Para mim essa foi a grande surpresa. É um museu belíssimo e muito bem cuidado. A coleção vai desde bonecos de sombra da Indonésia até pescaria tradicional portuguesa, passando por artefatos africanos (espacialmente Angola e Moçambique). Imperdível!

Bem, amanhã começa o curso na Museum Training School e terei mais novidades. 

Até lá.

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